segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

#14

Fá tentava pôr as ideias em ordem. Algo um bocadinho "complicado" com os olhos daquele "quase desconhecido" pregados nela, e o dedo dele a explorar zonas onde até aí, só o obstetra se tinha aventurado. Na verdade, a sensação de estar "na mão dele" estava a fazê-la corar de tesão. 

- Por onde queres que comece?

- Quem é que andou aqui a mexer?

- A minha amiga...

- A da depilação?

- Aquela em cuja casa estou a viver por agora.

- "Amélia" de seu nome, tanto quanto julgo saber... Essa tinha vontade de a "mamar" desde que foste lá para casa. 

- Achas?

- Nãaoooo... Quando te depilou deu-te um beijinho na cona como ritual de amizade. Costumas fazer isso às tuas amigas, certo?

- Não sejas parvo...

- O que é que ela te fez?

- Estávamos a tomar banho e...

À medida que ia contando o que se tinha passado, começava a sentir espasmos a percorrê-la a partir do baixo ventre. Sem deixar de a olhar, ele enfiara mais um dedo "obrigando-a" a abrir-se um pouco, ao mesmo tempo que o polegar brincava com o "botãozinho" que entretanto estava todo de fora a pedir uma parte dos "mimos".

- ... quando dei por isso já a língua dela fazia coisas que eu nem sabia que existem...

- Mamou-te esta coninha toda, não foi? Gostaste?

- Adorei...

- Vieste-te na boquinha dela?

- Toda...

- Como te vais vir agora?

- Huummm...

- Pouco barulho! Está quieta. Não dês nas vistas.

- Não consigo...

- Vou parar.

- Não pares...

- Portas-te bem?

- Sim...

Puxou-o para si, abraçou-o, e deixou os espasmos percorrê-la. Não quis saber se estava numa esplanada com gente, ou numa ilha solitária. Mordeu-lhe um ombro para não fazer barulho.

Ficou um pouco abraçada a ele sem conseguir dizer nada. Na verdade queria que aquele momento não acabasse. Olhou à volta. Achou que o casal na mesa mais perto se tinha apercebido de alguma coisa, mas esses, estavam mais interessados um no outro. Quanto ao resto, estavam mais longe e pareciam não ter dado por nada. arranjou coragem para o olhar. Encontrou um sorriso meio trocista, todo "filho-da-puta".

- És a primeira que se vem no primeiro abraço. Foi do perfume?

- Cabrão!!

- A sério, amiga, tinha-te prometido que te fazia vir em público, lembras-te?

- ...


5 comentários:

  1. Mais uma crónica "espasmódica". :) Vénia, caro Rei.

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  2. Deixar os homens serem cabrões, às vezes, por si só, já é um orgasmo :)

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  3. Lê-se no tempo duma carícia demorada.

    Fiquei com o mesmo estado de espírito que tive ao escrever o conto "Bird" no Excitações antigo.
    Lembras-te? Talvez faça uma remake...

    beijinho grande e parabéns pelo novo espaço.
    Maria

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  4. Bem vinda a este espaço, amiga. Põe-te à vontade.

    Saudades...

    Beijo

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