Fá tentava pôr as ideias em ordem. Algo um bocadinho "complicado" com os olhos daquele "quase desconhecido" pregados nela, e o dedo dele a explorar zonas onde até aí, só o obstetra se tinha aventurado. Na verdade, a sensação de estar "na mão dele" estava a fazê-la corar de tesão.
- Por onde queres que comece?
- Quem é que andou aqui a mexer?
- A minha amiga...
- A da depilação?
- Aquela em cuja casa estou a viver por agora.
- "Amélia" de seu nome, tanto quanto julgo saber... Essa tinha vontade de a "mamar" desde que foste lá para casa.
- Achas?
- Nãaoooo... Quando te depilou deu-te um beijinho na cona como ritual de amizade. Costumas fazer isso às tuas amigas, certo?
- Não sejas parvo...
- O que é que ela te fez?
- Estávamos a tomar banho e...
À medida que ia contando o que se tinha passado, começava a sentir espasmos a percorrê-la a partir do baixo ventre. Sem deixar de a olhar, ele enfiara mais um dedo "obrigando-a" a abrir-se um pouco, ao mesmo tempo que o polegar brincava com o "botãozinho" que entretanto estava todo de fora a pedir uma parte dos "mimos".
- ... quando dei por isso já a língua dela fazia coisas que eu nem sabia que existem...
- Mamou-te esta coninha toda, não foi? Gostaste?
- Adorei...
- Vieste-te na boquinha dela?
- Toda...
- Como te vais vir agora?
- Huummm...
- Pouco barulho! Está quieta. Não dês nas vistas.
- Não consigo...
- Vou parar.
- Não pares...
- Portas-te bem?
- Sim...
Puxou-o para si, abraçou-o, e deixou os espasmos percorrê-la. Não quis saber se estava numa esplanada com gente, ou numa ilha solitária. Mordeu-lhe um ombro para não fazer barulho.
Ficou um pouco abraçada a ele sem conseguir dizer nada. Na verdade queria que aquele momento não acabasse. Olhou à volta. Achou que o casal na mesa mais perto se tinha apercebido de alguma coisa, mas esses, estavam mais interessados um no outro. Quanto ao resto, estavam mais longe e pareciam não ter dado por nada. arranjou coragem para o olhar. Encontrou um sorriso meio trocista, todo "filho-da-puta".
- És a primeira que se vem no primeiro abraço. Foi do perfume?
- Cabrão!!
- A sério, amiga, tinha-te prometido que te fazia vir em público, lembras-te?
- ...
Mais uma crónica "espasmódica". :) Vénia, caro Rei.
ResponderEliminarDeixar os homens serem cabrões, às vezes, por si só, já é um orgasmo :)
ResponderEliminarLê-se no tempo duma carícia demorada.
ResponderEliminarFiquei com o mesmo estado de espírito que tive ao escrever o conto "Bird" no Excitações antigo.
Lembras-te? Talvez faça uma remake...
beijinho grande e parabéns pelo novo espaço.
Maria
Bem vinda a este espaço, amiga. Põe-te à vontade.
ResponderEliminarSaudades...
Beijo
Gosto da ousadia!
ResponderEliminar