quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

#6



Quando ele, depois de acabar, se dirigiu a ela, pegou no seu frasco, sem dizer uma palavra, começou a perceber que não havia brincadeiras inconsequentes naquele grupo.

A sua passividade, eventualmente interpretada como um consentimento, mais não foi do que a sua incapacidade de reagir. Ficou a olhar o infinito à espera de sentir as mãos dele nas suas costas. Deu um pequeno salto quando sentiu a loção a cair nos seus calcanhares e parte inferior das pernas. Fechou os olhos enquanto sentia as mãos dele a espalhá-la.

As suas mãos eram suaves, calmas, e pareciam "esvoaçar" sobre as suas pernas, exercendo apenas a pressão suficiente para o fim em vista. Estava habituada a que aquilo fosse um "esfreganço" rápido mas daquela vez não era e rápidamente passou a ser um prazer inesperado.

Tinha as mãos de um estranho, completamente nú, a passearem-se pelas suas pernas e a prometerem vir "por aí acima...". Fechou os olhos por um momento e deixou-se "voar". Imaginou que aquelas mãos eram as do seu "amigo" desconhecido. Sentiu-se como apenas aquele que ela nunca tinha conhecido a fazia sentir.
Por um momento passaram-lhe pela cabeça todas as etapas do processo de descoberta de si própria, conduzida por ele, pelas suas palavras escritas e mais tarde sussurradas ao telefone. Mas aquilo era real. Os dedos de Vasco percorriam as suas pernas acariciando-as, uma após outra, avançando e recuando num vai-vem que parecia propositado a deixá-la desejosa que eles subissem mais e mais.
Um arrepio percorreu-a desde aquele ponto imaginário, até à base da nuca quando ele subiu para as coxas. Já não lhe causou qualquer sensação desagradável de insegurança ou medo, apenas de prazer e de descoberta.
Deu por si a afastar as pernas para lhe permitir o acesso ao interior das coxas enquanto o seu rabo ondulava ligeiramente num impulso quase incontrolável. A humidade e o "latejar" eram evidentes naquela zona onde apenas há pouco tempo se habituara a tocar despudoradamente.

Não se sentiu "pouco à vontade" quando ele lhe puxou a cueca para o rego formado pelas nádegas e as começou a acariciar. Não queria outra coisa naquele momento. O "formigueiro" causado estava a deixá-la para lá de...

Ele "sentou-se" em cima das suas pernas para continuar pelas costas acima e aí sentiu-se "subir um nível". O pénis dele a roçar no interior das coxas combinado com as suas mãos a deslizar pela parte lateral do tronco fazia-a desejar que aquilo nunca acabasse. Os seus movimentos pélvicos provocaram-lhe uma erecção e pôde senti-lo pressionar a zona da vulva, causando novo espasmo.

Rápidamente, ele puxou-o para cima e "pousou-o" entre as suas nádegas ao mesmo tempo que as suas mãos continuavam o seu "trabalho". Ao chegar á zona do pescoço fez um pouco de pressão, ao mesmo tempo que, pela posição, pressionou a zona pélvica contra aquele cuzinho empinado .

Fá, naquele momento, só desejava estar tão nua quanto os outros, sentindo o contacto daquele estranho que a fazia desejar ser penetrada naquele preciso momento.

- "Pronto. Se depois quiseres do outro lado diz..."

Dito isto levantou-se. Quando conseguiu recuperar a "razão", olhou para trás e viu-o dirigir-se ao mar.

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