domingo, 19 de dezembro de 2010

# 16



- Fomos passar o fim de semana a casa de uns amigos da Amélia. Aquilo é muito giro. Conheces?

- Conheço.

- Conheces? Não me  tinhas dito nada...

- É importante?

- Não, mas não me tinhas dito nada... Pensei que fosses lá de baixo...

- Nasci e fui criado aqui. Vivo no Algarve há cerca de cinco anos. Conheço essa zona desde o tempo em que quase toda a gente já tinha ouvido falar, mas quase ninguém sabia onde era. No tempo em que não era "bem" lá ir ou ter lá uma casa. Hoje em dia foi invadido e não há "tio" que se preze que não tenha lá uma "casita". Deixei de lá ir por causa disso. Continua. Já não precisas de descrever as maravilhas naturais. Descreve só as outras.

- Aquele grupo é completamente doido...

- Então?

Algo tensa, foi contando a tarde na praia, o tipo de clima de sedução permanente que se vivia naquele grupo, o jantar, a ida para a piscina...

- Como?

- Já te disse. Ela tirou-o para fora e começou a brincar com ele à frente de toda a gente...

- Não estou a ver, é melhor exemplificares.

- Aqui?...

- Se fosse dia eras capaz de ter razão, ainda podia passar alguma gaivota e ver. Mas de noite... Já sei! É do enquadramento. Queres ir mostrar-me como foi à beira da piscina do Hotel. Certo?

A verdade é que uma coisa era deixar-se tocar, outra era tomar a iniciativa. Não encontrava razão para não o fazer. Era para isso que ali estava. No entanto, algo parecia prender-lhe os movimentos. Por outro lado, a visão dele, estendido na rede, era demasiado tentadora. Imaginara, demasiadas vezes, cenas escaldantes de sexo com aquele desconhecido que agora olhava para ela. Adivinhava-lhe uma ligeira erecção por debaixo dos calções.

Tão calmamente quanto conseguiu, descalçou-se, ajoelhou-se ao lado da rede e olhando-o nos olhos, começou a percorrer ao de leve aquele alto que se formara, de repente, nos calções dele.

- Podes meter a mão lá dentro. Não morde.

"Encheu-se de coragem" e tirou-o para fora e ficou a brincar com ele, a sentir-lhe a textura, a consistência, o cheiro. À medida que a sua mão passeava para cima e para baixo, sentia um calor por si acima e uma enorme vontade de lhe conhecer o sabor.

Beijou-o suavemente desde a base até à cabeça, arrancando-lhe o primeiro suspiro, quando a envolveu. Ficou a saboreá-la enquanto a mão continuava para cima e para baixo.

- E a seguir? O que é que aconteceu?

Certas perguntas, na altura certa, são como deitar gasolina na fogueira. Há horas que ela desejava  aquilo e quanto mais o imaginava, mais o desejava. Passou a perna por cima e começou a brincar com ele, virada para o mar.

- Estás a contar-me mal. A tua amiga estava nua...

- É importante?

- Quero ver esse cú enquanto te enterras nele.

- Não comeces com ideias...

- Está "avariado"?

- Não gosto.

- Já experimentaste?

Gradualmente, começou a enterrar-se nele.  Era uma sensação estranha sentir aquele caralho, até aí desconhecido, a subir, a desvendá-la... O segundo que ela conhecia. Passou-lhe por instantes uma imagem da primeira vez, imediatamente afastada à medida que sentia a cabeça a subir e a descer e a bater no "tecto" quando subia. Arrancou o vestido e abandonou-se.

Por algum tempo não existiu mais nada. Apenas ela, o mar, a recordação que tanta tesão lhe dera e aquele gajo que ela "montava" à sua vontade e que a "enchia" de cada vez que se sentava nele.

Começou a sentir arrepios mais intensos alastrarem por todo o corpo, enquanto entre as pernas, de rompante e sem permissão, se instalou uma sensação premente que vibrava, a acariciava e a fazia estremecer. Sentia urgência para alcançar o máximo dessa sensação, ao mesmo tempo que tentava prolongar o que sentia no momento… Uma consciência mais intensa fê-la senti-lo dentro de si, a pele, o cheiro, a respiração, e não conseguindo e não querendo controlar-se entregou-se às convulsões que a empurravam para uma explosão, libertando-se em espasmos cadenciados e consecutivos.

Ainda com a cena da piscina na memória,  saiu de cima dele e engoliu-o de uma vez. Queria provocar o final que lhe ficara a bailar na mente.

Sentiu pela primeira vez na boca o sabor agri-doce, estranho mas agradável. Partilhou-o com ele num beijo prolongado. Ficaram a olhar-se nos olhos até que ele disse:

- É melhor deixares-me ir lá abaixo apanhar o vestido...

7 comentários:

  1. quando ele vier lá de baixo com o vestido na mão, que não perca tempo e continue mas é com as crónicas...:)

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  2. Ele está preocupado é com o vestido, é???

    Sonsos...

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  3. Estou com a Maria... E depois? :)

    Beijo

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  4. ou o vestido foi levado pelo vento ou perdeu-se no caminho...
    preocupada com a fá que nestes dias de frio está sem vestido....

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  5. O depois pouco importa se o durante estiver a valer a pena..

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