terça-feira, 31 de maio de 2011

# 18

A recordação da conversa veio-lhe à mente à medida que fazia o caminho pela "A5". Aquele gajo era completamente doido e ela adorava isso. Por vezes assustava-a mas até isso lhe dava tesão. Adorava quando ele quebrava as barreiras e a chocava. Gostava da forma como ele a conduzia para lá da zona de conforto, sempre um pouco mais além.

Sem dar conta, já estava a chegar ao local combinado. Tinham três casas para ver. Fá esperava que uma delas fosse adequada. Não tinha tempo nem paciência para andar a "cirandar" e ainda por cima estava a gastar "tempo de qualidade". Pediu um café e esperou por ele.

Os anos tinham acrescentado personalidade ao adolescente que conhecera. As borbulhas tinham dado lugar a umas rugazinhas que nem lhe ficavam mal nem nada. A voz era calma, grave, pausada.

Ficaram um pouco a falar no que tinha sido as suas vidas nos últimos vinte anos. Rogério, em fase de rotura com um casamento de quase vinte anos, estava, no entanto, de bem com a vida. O negócio decorria razoavelmente, tinha dois filhos, enfim, o costume...

A cumplicidade renascia a cada minuto daquele desfilar de  recordações de uma fase que parecia ter sido ontem. Devagar, pequenos toques iam surgindo, como que a testar fronteiras... Nada de especial. Apenas um bom clima.

O perigo de chuva fê-los despachar.  Entretanto o ambiente tornara-se agradavelmente descontraído. Os toques sucediam-se, os contactos, antes  ocasionais, começavam a ser provocados.Viram duas casas que não convenceram, principalmente pela dimensão. Na terceira não havia ninguém mas ele tinha a chave. Uma tensão agradável percorreu-a pelo facto de se encontrarem sozinhos, ao mesmo tempo que a conversa dessa manhã vinha de novo à memória. Era uma moradia antiga, térrea, relativamente pequena. Agradou-lhe no primeiro olhar. Estavam a discutir as  condições do aluguer quando a chuva prometida apareceu. A tipica chuva de Verão. De repente, uma enorme bátega de água começou a cair.

- Ainda bem, pelo menos ficas já a saber se chove cá dentro.

- E fico a saber se gosto dela numa tarde de chuva, com uma boa companhia...

- Estás à altura das tuas provocações?

- E tu? Estás à altura das tuas?

Deu por si encostada à parede ao lado da janela enquanto ele a beijava sofregamente, as suas mãos a percorriam ao mesmo tempo que sentia o seu "entusiasmo" crescer por baixo das calças finas. Procurou-o com a mão. Estava completamente teso e oferecia-se.

Fugindo a esse contacto, ele baixou-se, levantou-lhe a saia percorrendo a zona das virilhas com a lingua. Ao desviar a cueca,a sua lingua imiscuiu-se nela, molhada de desejo e começou o bailado que ela desejava.

Evitando um orgasmo que queria retardar puxou-o para cima baixando-se por sua vez ao mesmo tempo que lhe abria as calças e retirava para fora aquele membro que chamava por si. Percorreu-o com a lingua de cima a baixo, acabando por o "engolir". Sentia-o palpitar na sua boca enquanto saboreava a "baba" que ele ia largando. 

Sentindo que ele não aguentava muito mais e ela também não, apoiou-se na janela oferecendo-lhe as nádegas.

Rápidamente sentiu-o a entrar, sem cerimónias, de sacão. A cada estocada sentia-se invadida por aquele pénis sequioso de si, exposta, indefesa perante a tesão daquele homem reencontrado.

Deu por si a ver a cena como se estivesse de fora. Apoiada no parapeito da janela, via as pessoas passarem na rua a correr, sentia as mãos dele a agarrarem-lhe as ancas como um torno puxando-a para sí ao mesmo tempo que ouvia os seus gemidos de prazer de cada vez que a penetrava completamente e, em fundo, o telemóvel na sua bolsa aberta: "Estou sim? Estou?"...

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2 comentários:

  1. escreves devagarinho, como se faz o bom vinho :) mas eu gosto de te ler de enfiada, sem perder pitada!

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  2. bom saber q andamos pelos mesmos lugares...........rs

    bj

    Marrie

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