Sentada no alpendre da casa, "Fá" fumava um último cigarro e fazia o balanço dos últimos acontecimentos. A cena na praia tinha-a deixado, apreensiva por um lado, excitada por outro, não sendo fácil conciliar o sono.
Se a noção de não saber quem a tinha penetrado lhe fazia vir à tona resquícios de preconceito que fazia por afastar, por outro lado, era divertido pensar nos dois ou três "suspeitos" e imaginar quem teria sido. Decidiu perguntar no dia seguinte. Embora sem saber se o conseguiria fazer, a ideia sossegou-a um pouco...
- Não tens sono?
Vasco aproximara-se sem ela dar por isso e apanhara-a absorta nos seus pensamentos.
- Nem por isso... Estou a ver se o chamo mas não está fácil...
- Posso fazer-te companhia?
- Senta-te...
- Ainda estás a pensar na cena de há bocado?
- Estou... Quem é que participou? É estranho não saber...
- Tu e eu. O resto foram adereços. Por isso não te deixei virar a cara. Não te quis a interagir com mais ninguém. Quis-te só para mim...
- Não me vais dizer quem foi? Um, eu sei que foi o Tomé.
- Esse é o suspeito do costume...
- E o outro?
- Não te dá tesão não saber quem foi? Ainda por cima foi bom e tudo...
- Foi? Como é que o menino sabe isso tudo?
- Porque te vieste enquanto me mamavas. Achas pouco?
- Hummmmm...
- E porque tenho a certeza de que ela acusou a imagem que te passou pela cabeça...
A mão dele subiu pelo vestido acima para a sentir. Era um toque suave que trouxe uma sensação boa, quente...
Sentia o dedo dele a mimar-lhe o "grelinho" que já se encontrava exposto, à espera. Ao contrário do que estava habituada não era um toque invasivo, apressado. Era o de alguém que estava a saboreá-la com a ponta de um dedo e a fazê-la desejar mais. Soltou um suspiro profundo quando a ponta do dedo se imiscuiu no orifício e rodou ligeiramente.
Ajoelhando-se no meio das pernas dela, saboreou--a com uma língua ávida mas suave, quente, húmida, que lhe provocou espasmos de prazer...
O orgasmo veio rápido e violento, libertando tensões acumuladas nas últimas horas. O beijo, a saber a sí, foi terno e doce.
- Queres companhia?
- Quero. Anda...